Respeitando os limites de um cão idoso

Quando um cão é considerado idoso?

Depende do tamanho, generalizando, quanto maior o cão mais cedo ele envelhece.

Eu já vi várias tabelas como a que está aqui em cima, cada uma diz uma coisa. A meu ver, o melhor é ouvir a opinião de um veterinário e sempre respeitar os limites do seu cão.

Com a idade eles, assim como nós, vão ficando mais lentos, as vezes sentem dores ao andar, e isso precisa ser respeitado!

Se ele quiser brincar, brinque. Mas se ele não quiser não force.
Ande em um ritmo que não seja pesado demais para ele, lembre-se ele é um velhinho!
Você levaria sua avó pra correr e se ela não aguentasse sairia arrastando a pobre pela mão? Claro que não!
Então não faça o mesmo com seu cãozinho, eles ficam idosos assim como as pessoas.
Assim como em outras fases da vida, é essencial que seu velhinho faça exercícios, mas na medida certa. Ao caminhar com um cão idoso preste atenção, se ele mancar leve ao veterinário. Existem muitas doenças que aparecem com a idade que levam a dificuldades de locomoção como a displasia, artrite e problemas de coluna.

Ande com calma e se ele te arrastar imponha um ritmo adequado, se ele andar mais devagar acompanhe o ritmo dele, nunca o arraste pois você não sabe os motivos que o levaram a caminhar devagar.

O amiguinho da foto é Ziggy, o schnauzer de um grande amigo, Flávio Coelho. Ziggy nos deixou no ano passado aos 10 anos de idade.

Faça você mesmo a caminha do seu velho amigo!

A cama da Maila fui eu quem fiz!
Alguns cães idosos apesentam incontinência urinária, o que torna mais dificil e mais frequente limpeza da caminha. Eu passo por outro problema; Maila solta muito pelo! O pelo solto agarrava co cobertor e na hora de lavar era um problemão o pelo entupindo o tanque.
Depois de me assustar com os preços. Resolvi fazer a cama da Maila de uma maneira que ficasse fácil de limpar e confortável para ela.
Moro em um apartamento muito frio, por isso era necessário evitar o frio do piso e das paredes por isso coloquei papelão na parte de baixo e nos lados da cama.
As quantidades e tamanhos variam com o tamanho do cão.

Material:
Papelão
Lona de estofados (aquele couro falso de sofá, é impermeável, macio e barato)
Cobertor ou pedaço de espuma
Cola

Primeiro dobre o cobertor ou corte a espuma do tamanho ideal para seu bichinho, o ideal é deixar ele deitar e com ele deitado você tira as medidas.
Com a "colchão" pronto pegue a lona e faça uma "fronha", coloque o papelão e cobertor sobre a lona e dobre a lona sobre eles, depois corte e cole as pontas deixando uma parte aberta para poder lavar o cobertor quando necessário.

Com a almofadinha pronta vamos para a cama em si.

Corte a lona como no desenho acima: as partes azuis deverão ficar dobradas sobre as pretas laterais, assim seu cão não dormirá encostado na parede ou outra superfície fria. Dentro das laterais coloque papelão, isola o frio e mantem o formato.

 O tamanho das laterais depende da altura que você quer para a caminha. 

A parte da frente não deve ter obstáculos visto que muitos cães idosos tem dificuldades para de locomover.

Depois de prontas as laterias coloque aparrações nas pontas e assim as "paredes" ficarão em pé.

Coloque a almofada no meio e pronto!

Quando o tempo esfriar você pode colocar paninhos para ele se aninhar e quando estiver quente só a caminha mesmo basta para Maila.

A limpeza é muito fácil, pano e álcool em gel.

Displasia dos quadris ou diaplasia coxofemural

Por sugestão de uma amiga resolvi começar falando da displasia, essa é uma doença muito comum em cães de grande porte com crescimento rápido. Muitas raças tem tendencias a ter displasia, alguns exemplos são Dogue Alemão ou Grande Dinamarquês, Pastor Alemão, Labrador, Rottweiler, São Bernardo, Fila, entre outras raças de grande porte e também o não tão grande Basset Hound.
Essa doença apresenta fatores genéticos e ambientais, então animais que apresentam displasia não devem ser usados para reprodução, e também não devem ficar sobre superfícies lisas e escorregadias, eles escorregam e sentem dor!
A displasia consistem em uma má formação da articulação coxofemural. Os primeiros sintomas aparecem quando o cão ainda é filhote mas é uma doença progressiva, com a idade vai piorando. Eu descobri a displasia da Maila quando ela tinha 10 anos.

O CASO DA MAILA
Primeiro foi um susto, eu não tinha conhecimento sobre o assunto e temi que ela viesse a ficar incapaz de andar. Maila começou a mancar muito e vimos que a solução seria uma cirurgia chamada de denervação na qual se remove o periósteo (o periósteo é uma membrana muito vascularizada, fibrosa e resistente que envolve os ossos)  com fins analgésicos, assim o cão tem mais qualidade de vida sentindo menos dor. Alguns artigos afirmam ser a cirurgia mais efetiva no tratamento de displasia coxofemural em cães.
Maila mancava muito, e toda vez que íamos ao veterinário era preciso que ela tomasse anti-inflamatórios antes para que pudesse ser examinada. Decidi que apesar do risco da anestesia em um cão idoso valia a pena tentar, então foram feitas várias radiografias em algumas ela foi sedada pois as posições são dolorosas. Com o diagnóstico e a indicação de cirurgia no dia 13 de setembro de 2012 Maila foi internada as 7 horas da manhã, me disseram q eu podia voltar para busca-la ao meio dia.
Quando cheguei me entregaram a guia, Maila estava andando, saiu do hospital no colo mas já era capaz de andar. Rasparam a pata traseira da coluna até o joelho, e as recomendações foram para que eu não tirasse o colar elisabetano (cone), que limpasse o corte todos os dias, não precisava refazer curativos, manter ela em total repouso por 15 dias e cuidar para que ela se alimentasse bem.
Tudo deu certo até eu ter a brilhante ideia de tirar o colar e Maila abrir um dos pontos faltando poucos dias para que eles fossem retirados. Chorei, me senti culpada e corri pro hospital com ela. Felizmente abriu só um pedacinho e não houve complicações.

Tenho a sorte de ter uma cadela muito tranquila (o que é comum em cães mais idosos! Calma seu filhote será tranquilo um dia!), o que facilitou o repouso. Fiquei o tempo todo ao lado dela para garantir que ficasse quieta, a noite eu a colocava na minha cama assim podia dormir tranquila que se algo acontecesse eu acordaria, mas digo é terrível dormir com um cão grande em uma cama de solteiro!
Passado o período de repouso e com a ferida completamente cicatrizada começa a fase de fisioterapia, foi indicado andar sobre piso fofo (grama ou areia) e fazer alguns exercícios recomendados pelo veterinário.

Hoje quatro meses depois Maila está muito bem! Ela manca um pouco, bem menos que antes da cirurgia, e existem outros fatores que interferem em seu caminhar, ela está totalmente recuperada mas eu continuo limitando o exercício para que ela não exagere.

Olá! Esse blog foi criado pra compartilhar informações sobre cães idosos, nós que temos UM VELHO AMIGO sabemos o quanto é difícil se adequar as necessidades daquele cãozinho que já não tem mais o mesmo pique mas continua com o mesmo coração.
Eu tenho a Maila, é uma cadela mestiça de pastor alemão com 11 anos, eu tenho 23, então posso dizer q cresci com ela. Maila é meu relacionamento mais longo, e também o que me trouxe mais alegrias!