terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Displasia dos quadris ou diaplasia coxofemural

Por sugestão de uma amiga resolvi começar falando da displasia, essa é uma doença muito comum em cães de grande porte com crescimento rápido. Muitas raças tem tendencias a ter displasia, alguns exemplos são Dogue Alemão ou Grande Dinamarquês, Pastor Alemão, Labrador, Rottweiler, São Bernardo, Fila, entre outras raças de grande porte e também o não tão grande Basset Hound.
Essa doença apresenta fatores genéticos e ambientais, então animais que apresentam displasia não devem ser usados para reprodução, e também não devem ficar sobre superfícies lisas e escorregadias, eles escorregam e sentem dor!
A displasia consistem em uma má formação da articulação coxofemural. Os primeiros sintomas aparecem quando o cão ainda é filhote mas é uma doença progressiva, com a idade vai piorando. Eu descobri a displasia da Maila quando ela tinha 10 anos.

O CASO DA MAILA
Primeiro foi um susto, eu não tinha conhecimento sobre o assunto e temi que ela viesse a ficar incapaz de andar. Maila começou a mancar muito e vimos que a solução seria uma cirurgia chamada de denervação na qual se remove o periósteo (o periósteo é uma membrana muito vascularizada, fibrosa e resistente que envolve os ossos)  com fins analgésicos, assim o cão tem mais qualidade de vida sentindo menos dor. Alguns artigos afirmam ser a cirurgia mais efetiva no tratamento de displasia coxofemural em cães.
Maila mancava muito, e toda vez que íamos ao veterinário era preciso que ela tomasse anti-inflamatórios antes para que pudesse ser examinada. Decidi que apesar do risco da anestesia em um cão idoso valia a pena tentar, então foram feitas várias radiografias em algumas ela foi sedada pois as posições são dolorosas. Com o diagnóstico e a indicação de cirurgia no dia 13 de setembro de 2012 Maila foi internada as 7 horas da manhã, me disseram q eu podia voltar para busca-la ao meio dia.
Quando cheguei me entregaram a guia, Maila estava andando, saiu do hospital no colo mas já era capaz de andar. Rasparam a pata traseira da coluna até o joelho, e as recomendações foram para que eu não tirasse o colar elisabetano (cone), que limpasse o corte todos os dias, não precisava refazer curativos, manter ela em total repouso por 15 dias e cuidar para que ela se alimentasse bem.
Tudo deu certo até eu ter a brilhante ideia de tirar o colar e Maila abrir um dos pontos faltando poucos dias para que eles fossem retirados. Chorei, me senti culpada e corri pro hospital com ela. Felizmente abriu só um pedacinho e não houve complicações.
Tenho a sorte de ter uma cadela muito tranquila (o que é comum em cães mais idosos! Calma seu filhote será tranquilo um dia!), o que facilitou o repouso. Fiquei o tempo todo ao lado dela para garantir que ficasse quieta, a noite eu a colocava na minha cama assim podia dormir tranquila que se algo acontecesse eu acordaria, mas digo é terrível dormir com um cão grande em uma cama de solteiro!
Passado o período de repouso e com a ferida completamente cicatrizada começa a fase de fisioterapia, foi indicado andar sobre piso fofo (grama ou areia) e fazer alguns exercícios recomendados pelo veterinário.
Hoje quatro meses depois Maila está muito bem! Ela manca um pouco, bem menos que antes da cirurgia, e existem outros fatores que interferem em seu caminhar, ela está totalmente recuperada mas eu continuo limitando o exercício para que ela não exagere.

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