Cuidado com o calor!

Chegou o verão!
E chegou com tudo!
Então vamos as dicas de cuidados com os nossos velhinhos em dias de calor:
1- Tente leva-lo para passear em horários menos quentes, evite o horário do almoço por exemplo.
2- Preste atenção: Ele está bebendo água? Isso é muito importante, se não beber água o suficiente pode desidratar. Se perceber que não está bebendo água não espere o bichinho desidratar e passar mau, verifique se há algum problema se a água está quente por exemplo, se a vasilha de água pega sol, se não tiver problema nenhum leve ao veterinário.
3- Dê um lugar fresquinho pra se deitar. Os cães mais velhos costumam ficar deitados durante muito tempo, é importante arrumar um local confortável para os dias quentes, com os grandões é importante evitar que eles se deitem no chão pois pode gerar calos que podem ferir e se transformar em um problema.
4- Cuide da vasilha de água! Cuidado com a dengue, lave a vasilha periodicamente os ovos do mosquito ficam aderidos ao objeto então trocar a água não é o suficiente.
5- Troque a água. Essa é a mais batida de todas mas não deixe a água do cãozinho no sol e troque periodicamente.
6- No verão costuma-se ter menos cuidado ao secar o animal após o banho, mas o cuidado precisa ser o mesmo, no verão também se desenvolvem doenças de pele. No verão é mais fácil mas não menos importante!

 

Babesiose: a idade pode dificultara identificação de sintomas.

A maioria das doenças comuns em cães tem sintomas que ficam mais difíceis de identificar em cães velhinhos.
Se você tem um cão elétrico e ele fica quietinho o dia todo: fácil! Tá com algum problema!
Se você tem um dragão que come tudo que pode e do nada perde o apetite: fácil! Tá com algum problema!
Mas no caso de um cão naturalmente quieto, que dorme o dia todo, não come bem ou tem qualquer limitação decorrente da idade fica muito difícil. É preciso ter atenção redobrada, mas sem criar paranoias...
Ano passado, aos 11 anos de idade Maila teve uma doença séria conhecida como doença do carrapato, a Babesiose.  A Babesiose, se não tarada, pode ser mortal assim como a Erliquiose, que é outra doença conhecida como doença do carrapato.
E com o verão vem os carrapatos! Então atenção!

Os principais sintomas da Babesiose são:
-Abatimento
- Apatia, tristeza, prostração
-Febre 
-Grande cansaço
-Urina escura (cor de café)
-Mucosas amareladas

E vamos a minha análise dos sintomas...
-Um enorme abatimento, apatia tristeza, prostração e cansaço não são tão evidentes em um cãozinho idoso que não corre, dorme o dia todo e quase não late.
-Febre não é tão fácil de perceber, mas foi o que me alertou. O focinho muito quente e seco pode ser um bom alerta. 
-Urina cor café - não chegou a esse ponto, ainda bem!
- Mucosas amarelas, sim isso eu vi, mas não costumo olhar as mucosas todos os dias...

O que aconteceu foi que eu percebi que ela tava quente, no dia seguinte ela não quis brincar com os outros cães na pracinha e não quis comer, isso se repetiu por 3 dias e fomos ao veterinário. Eu não achava que era nada sério, afinal não era nada de mais, só estava mais quieta e comendo menos, mas na verdade ela quase morreu e nesse dia precisou de exames urgentes, medicação e soro.
A veterinária que salvou a vida dela me disse que a babesiose costuma ser fatal por ser notada somente quando a doença se agrava e o cão já apresenta insuficiência renal.
Após a consulta tive um trabalho!
Ela não queria comer, mas com anemia grave precisava comer. A veterinária foi clara: ela tem que comer! Dê frango, patê para cães, figado de galinha. Seja criativa não dê coisas gordurosas nem muito sal, mas faça de tudo pra ela comer!
Figado de galinha foi o que ajudou e com alguns dias de remédios tanto para combater o parasita quanto para combater a anemia ela ficou bem, não teve sequelas.
Tive muita sorte em descobrir cedo, e ai vai a minha dica:
ATENÇÃO AOS PEQUENOS SINAIS! 

Graves complicações, como a insuficiência renal e a anemia aguda, podem levar à morte do cão. Por isso é tão importante diagnosticar a Babesiose Canina o mais rápido possível, assim as sequelas hepáticas e renais são evitadas ao máximo.

Leia mais: Babesiose - Doença do Carrapato http://tudosobrecachorros.com.br/2012/05/babesiose-canina-doenca-do-carrapato.html#ixzz2kIPstTXJ

Novas limitações... (Parte 2 - Como lidar com a surdez)

Como já disse por aqui a Maila está surda, na tentativa de encontrar meios de me comunicar com ela encontrei umas coisas bem legais que quero dividir.

http://www.focinhoabandonado.com.br/caes-surdos nesse site achei um post bem legal sobre como viver com um cão surdo, clique ai e veja o post todo, mas as imagens eu tomei a liberdade de copiar.

E em http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/surdez_canina_companheiros_no_sil_ncio/209 encontrei dez dicas legais

10 dicas para lidar com um cão surdo: 

1 - Aprenda a comunicar com o seu cão
2 - Faça-o sempre saber que está por perto
3 - Seja sempre gentil
4 - Treine-o com muitas recompensas e encorajamento
5 - Permita que se aproxime de estranhos farejando primeiro as suas mãos.
6 - Vedar os espaços exteriores onde o cão vive é essencial para a sua segurança.
7 - Estabeleça um treino regular e contínuo
8 - Ame-o e aceite-o com as suas necessidades especiais
9 - Prenda-o a si dentro de casa para o ajuste inicial, educação básica, relacionamento e segurança dele.
10 - Nos passeios, mantenha-o sempre á trela e perto de si, dá segurança a ambos. Coloque uma etiqueta na coleira com o nome e os seus contactos e a menção de “SURDO”.

E aqui vão as minhas 5 dicas para um cão surdo e idoso:

1- Cuidado para não assustá-lo.

Os idosos muitas vezes tem outras dificuldades que chegam com a idade então se ele não te escuta e tem dificuldade com a visão por exemplo chegue devagar para não assusta-lo.

2- Aprenda a diferenciar desobediência de limitação.

Lembre-se: os velhinhos também precisam de disciplina, mas faça isso com sensibilidade.

3- Atenção redobrada.

Com as dificuldades da idade e a surdez o cão pode bater nas coisas, pode se perder de você na rua e etc.

4- Coloque uma plaquinha no seu cão.

Isso é MUITO importante!!! Uma plaquinha com o nome dele e o seu telefone, assim se ele se perder fica mais fácil de encontra-lo. Se puder coloque na plaquinha  que é idoso e surdo, isso pode ajudar quem o encontrar.

5- Deixe ele sempre de coleira.

Uma coleira confortável que possa ficar sempre no pescoço é o ideal, pois um cão de coleira na rua chama mais atenção e se ele se perder de você não será confundido com um cachorro de rua (infelizmente no Brasil temos muitos cães abandonados), poderá ser visto por quem tem boas intenções e poderá devolvê-lo pra você.

Novas limitações... (Parte 1 - A surdez)

Foi de repente, Maila ficou surda!
De repente nada, pensando bem eu já havia notado suas dificuldades de audição há meses.
Mas quando você chama e o cão não te ouve a primeira reação é o susto. A verdade é que ela ouvia mau e agora ficou difícil, fiz uns testes chamei, assoviei, e ela não reagiu, nem mexeu as orelhas.
Fiquei muito chateada, e sem saber como me comunicar com um cão que não me ouve. Eu assoviei nos últimos dez ou doze anos, e tínhamos um som para chamar quando ela está longe e outro para repreender um comportamento indesejado, então era muito fácil e agora estava tudo mudado.
Eu me recuperei e comecei a ensinar comandos visuais, ela aprendeu fácil!
A minha dica é: faça comandos fáceis de serem identificados lembre-se de que os velhinhos já não enxergam tão bem,  use comida como recompensa, seja criativo e só faça o comando quando ele tiver prestando atenção em você.
Para chamar a atenção da Maila eu ponho um bifinho na mão, e passo na frente dela, o cheiro a atrai e ela presta atenção em mim, eu faço o comando e quando obedece ganha o bifinho que está na mão.
Sem mistério!
Espero que a dica ajude.

Cães mais velhos sentem mais frio!

Então chegou o inverno!

Percebi que Maila sente frio. Ela nunca sentiu frio e sempre se recusou a dormir com cobertores, por mais frio que fizesse ela não se escondia, dormia muitas vezes do lado de fora de sua casinha, e tirava todos os panos e até papéis que colocávamos para ela dormir.
Agora ela treme de frio, eu pesquisei e descobri o motivo: o metabolismo cai e os velhinhos sentem mais frio!
Então vamos ter cuidado com nossos Velhos Amigos, Maila ganhou duas roupas de frio, 2 panos quentinhos e um travesseiro que agora ela não só aceita como adora!
A minha dica é que você agasalhe o velhinho durante as noites frias e ofereça a ele um local quentinho para dormir, se sua cidade não for fria durante o dia tire as roupinhas e recoloque a noite, quando as temperaturas voltam a cair.

Respeitando os limites de um cão idoso

Quando um cão é considerado idoso?

Depende do tamanho, generalizando, quanto maior o cão mais cedo ele envelhece.

Eu já vi várias tabelas como a que está aqui em cima, cada uma diz uma coisa. A meu ver, o melhor é ouvir a opinião de um veterinário e sempre respeitar os limites do seu cão.

Com a idade eles, assim como nós, vão ficando mais lentos, as vezes sentem dores ao andar, e isso precisa ser respeitado!

Se ele quiser brincar, brinque. Mas se ele não quiser não force.
Ande em um ritmo que não seja pesado demais para ele, lembre-se ele é um velhinho!
Você levaria sua avó pra correr e se ela não aguentasse sairia arrastando a pobre pela mão? Claro que não!
Então não faça o mesmo com seu cãozinho, eles ficam idosos assim como as pessoas.
Assim como em outras fases da vida, é essencial que seu velhinho faça exercícios, mas na medida certa. Ao caminhar com um cão idoso preste atenção, se ele mancar leve ao veterinário. Existem muitas doenças que aparecem com a idade que levam a dificuldades de locomoção como a displasia, artrite e problemas de coluna.

Ande com calma e se ele te arrastar imponha um ritmo adequado, se ele andar mais devagar acompanhe o ritmo dele, nunca o arraste pois você não sabe os motivos que o levaram a caminhar devagar.

O amiguinho da foto é Ziggy, o schnauzer de um grande amigo, Flávio Coelho. Ziggy nos deixou no ano passado aos 10 anos de idade.

Faça você mesmo a caminha do seu velho amigo!

A cama da Maila fui eu quem fiz!
Alguns cães idosos apesentam incontinência urinária, o que torna mais dificil e mais frequente limpeza da caminha. Eu passo por outro problema; Maila solta muito pelo! O pelo solto agarrava co cobertor e na hora de lavar era um problemão o pelo entupindo o tanque.
Depois de me assustar com os preços. Resolvi fazer a cama da Maila de uma maneira que ficasse fácil de limpar e confortável para ela.
Moro em um apartamento muito frio, por isso era necessário evitar o frio do piso e das paredes por isso coloquei papelão na parte de baixo e nos lados da cama.
As quantidades e tamanhos variam com o tamanho do cão.

Material:
Papelão
Lona de estofados (aquele couro falso de sofá, é impermeável, macio e barato)
Cobertor ou pedaço de espuma
Cola

Primeiro dobre o cobertor ou corte a espuma do tamanho ideal para seu bichinho, o ideal é deixar ele deitar e com ele deitado você tira as medidas.
Com a "colchão" pronto pegue a lona e faça uma "fronha", coloque o papelão e cobertor sobre a lona e dobre a lona sobre eles, depois corte e cole as pontas deixando uma parte aberta para poder lavar o cobertor quando necessário.

Com a almofadinha pronta vamos para a cama em si.

Corte a lona como no desenho acima: as partes azuis deverão ficar dobradas sobre as pretas laterais, assim seu cão não dormirá encostado na parede ou outra superfície fria. Dentro das laterais coloque papelão, isola o frio e mantem o formato.

 O tamanho das laterais depende da altura que você quer para a caminha. 

A parte da frente não deve ter obstáculos visto que muitos cães idosos tem dificuldades para de locomover.

Depois de prontas as laterias coloque aparrações nas pontas e assim as "paredes" ficarão em pé.

Coloque a almofada no meio e pronto!

Quando o tempo esfriar você pode colocar paninhos para ele se aninhar e quando estiver quente só a caminha mesmo basta para Maila.

A limpeza é muito fácil, pano e álcool em gel.

Displasia dos quadris ou diaplasia coxofemural

Por sugestão de uma amiga resolvi começar falando da displasia, essa é uma doença muito comum em cães de grande porte com crescimento rápido. Muitas raças tem tendencias a ter displasia, alguns exemplos são Dogue Alemão ou Grande Dinamarquês, Pastor Alemão, Labrador, Rottweiler, São Bernardo, Fila, entre outras raças de grande porte e também o não tão grande Basset Hound.
Essa doença apresenta fatores genéticos e ambientais, então animais que apresentam displasia não devem ser usados para reprodução, e também não devem ficar sobre superfícies lisas e escorregadias, eles escorregam e sentem dor!
A displasia consistem em uma má formação da articulação coxofemural. Os primeiros sintomas aparecem quando o cão ainda é filhote mas é uma doença progressiva, com a idade vai piorando. Eu descobri a displasia da Maila quando ela tinha 10 anos.

O CASO DA MAILA
Primeiro foi um susto, eu não tinha conhecimento sobre o assunto e temi que ela viesse a ficar incapaz de andar. Maila começou a mancar muito e vimos que a solução seria uma cirurgia chamada de denervação na qual se remove o periósteo (o periósteo é uma membrana muito vascularizada, fibrosa e resistente que envolve os ossos)  com fins analgésicos, assim o cão tem mais qualidade de vida sentindo menos dor. Alguns artigos afirmam ser a cirurgia mais efetiva no tratamento de displasia coxofemural em cães.
Maila mancava muito, e toda vez que íamos ao veterinário era preciso que ela tomasse anti-inflamatórios antes para que pudesse ser examinada. Decidi que apesar do risco da anestesia em um cão idoso valia a pena tentar, então foram feitas várias radiografias em algumas ela foi sedada pois as posições são dolorosas. Com o diagnóstico e a indicação de cirurgia no dia 13 de setembro de 2012 Maila foi internada as 7 horas da manhã, me disseram q eu podia voltar para busca-la ao meio dia.
Quando cheguei me entregaram a guia, Maila estava andando, saiu do hospital no colo mas já era capaz de andar. Rasparam a pata traseira da coluna até o joelho, e as recomendações foram para que eu não tirasse o colar elisabetano (cone), que limpasse o corte todos os dias, não precisava refazer curativos, manter ela em total repouso por 15 dias e cuidar para que ela se alimentasse bem.
Tudo deu certo até eu ter a brilhante ideia de tirar o colar e Maila abrir um dos pontos faltando poucos dias para que eles fossem retirados. Chorei, me senti culpada e corri pro hospital com ela. Felizmente abriu só um pedacinho e não houve complicações.

Tenho a sorte de ter uma cadela muito tranquila (o que é comum em cães mais idosos! Calma seu filhote será tranquilo um dia!), o que facilitou o repouso. Fiquei o tempo todo ao lado dela para garantir que ficasse quieta, a noite eu a colocava na minha cama assim podia dormir tranquila que se algo acontecesse eu acordaria, mas digo é terrível dormir com um cão grande em uma cama de solteiro!
Passado o período de repouso e com a ferida completamente cicatrizada começa a fase de fisioterapia, foi indicado andar sobre piso fofo (grama ou areia) e fazer alguns exercícios recomendados pelo veterinário.

Hoje quatro meses depois Maila está muito bem! Ela manca um pouco, bem menos que antes da cirurgia, e existem outros fatores que interferem em seu caminhar, ela está totalmente recuperada mas eu continuo limitando o exercício para que ela não exagere.

Olá! Esse blog foi criado pra compartilhar informações sobre cães idosos, nós que temos UM VELHO AMIGO sabemos o quanto é difícil se adequar as necessidades daquele cãozinho que já não tem mais o mesmo pique mas continua com o mesmo coração.
Eu tenho a Maila, é uma cadela mestiça de pastor alemão com 11 anos, eu tenho 23, então posso dizer q cresci com ela. Maila é meu relacionamento mais longo, e também o que me trouxe mais alegrias!